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sexta-feira, junho 20, 2003

Nº 17

Acabo de ver uma reportagem no telejornal da SIC, por Pedro Coelho, intitulada «Geração Bué». Esta reportagem, para quem não viu, conta a história de vários miúdos da Escola de Santo António dos Cavaleiros. Tenta estabelecer comparações entre uns alunos, praticamente chumbados, e outros, com «média» de 5 em 5. A reportagem mostra miúdos de 12/13 anos já num caminho muito difícil de vida, onde as dependências várias e a marginalidade são uma realidade futura bem provável. Pedro Coelho têm na reportagem uma frase, que apesar de eu perceber o sentido irónico da mesma, não deixa de poder mal influenciar a juventude que viu aquela reportagem. Diz Pedro Coelho a páginas tantas: ZàZà esta a optar pela escola ou o futebol (não foi esta de certo a expressão ipsis verbis, mas é este o sentido). Nada mais errado. ZàZà (assim era a alcunha do rapaz) vai optar ou pela escola ou pela marginalidade. ZàZà é um paradigma do que vai acontecer com a geração que é composta pelos filhos dos imigrantes que cá se instalaram no boom económico que levou a procura de mão-de-obra explorada nos PALOP e países da Ex-URSS. Mais de 3 em cada 4 desses jovens (muitos com nacionalidade Portuguesa) acabarão daqui a 8-10 anos por enveredar pelo mundo da delinquência, por incúria dos responsáveis Portugueses de Ontem e Hoje que não souberam criar as condições sociais para que os pais destes se tivessem integrado na Sociedade em pleno, como por exemplo, a criação de empregos fixos e não de trabalho volátil, como muitos vieram para cá fazer. Os decisores Portugueses não tiveram em conta que a sociedade Portuguesa não estava preparada (em particular a sociedade urbana) para intregar de bom modo centenas de milhar de imigrantes, principalmente os dos PALOP, que para cá vieram. Assim, os níveis de descriminação para com esta gente são muitos elevados tanto ao nível do cidadão comum como ao nível político, já que é sabido que 90% destas pessoas não votam, consequentemente, não merecem referência ao nível político. Só assim se explica que não haja, em nenhum partido, quer da esquerda, quer da direita, 1 só deputado negro ou de leste para defender no plenário dos decisores do País que o acolhe os seus direitos e da sua comunidade, com estatuto de igualdade perante todas as outras, como é óbvio. Portugal, à custa destas centenas de milhar de pessoas marginalizadas pelo sistema, vai ter muitos problemas sociais daqui a 8-10, a nível do aumento da criminalidade, desemprego, instabilidade social. Mas a culpa primária não é deles, é nossa...

JA

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