Sinistralidade rodoviária:
Segundo o Público de hoje, o Ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, declarou ontem que os números da sinistralidade rodoviária em Portugal são os menos negativos dos últimos 25 Anos. Até 27 de Julho, morreram nas estradas Portuguesas, 732 pessoas, mais do que em igual período da Intifada Palestiniana. Ainda assim, menos 120 do que em igual período do ano passado. Os números revelam ainda um número de feridos graves de 2629 (menos 119 que em 2002). Sendo que eu aqui vou abrir uma pequena janela para a minha vida pessoal, para tentar alertar-vos. O meu Pai morreu de um carcinoma nas fossas nasais que teve duas causas indirectas. O tabaco e o número de operações que fez derivado a um acidente de automóvel que teve ao serviço da companhia do qual era director. Esse acidente teve uma gravidade inímaginavel, tendo o chefe do posto da GNR de Proença-a-Nova dito que daqueles destroços foi a primeira vez que viu sair alguém com vida. Do acidente resultaram fracturas várias ao nível da bacia e do pulso entre outras levando á reconstrução de parte da face direita. O número de operações a que foi sujeito superou a dezena, entre elas duas que duraram 17 e 14 horas, respectuvamente. A falta de cuidado do condutor da ambulância que embateu no carro do meu Pai, praticamente não teve consequências de maior para si e para os ocupantes da ambulância. Mas ia matando o meu Pai, como mais tarde matou. Portanto da próxima vez que vão a guiar depressa ou passem um risco contínuo ou façam qualquer umas dessas infracções consideradas «inócuas» pensem que podem não só estar a acabar no kilómetro a seguir com a vossa vida, mas também com a vida de um desconhecido que vá a guiar um carro perto de vós.