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segunda-feira, outubro 13, 2003

Guerras:

São 4 da manhã. Devia dormir. Não consigo. Não percebo porque é que eu insisto em achar que vou bem sucedido nesta guerra. Não vou. Não posso ir. Acho que nem nasci para isto. Mas não há 'turning-point'. Só há uma saída, Lutar. Gostava de voltar a guerras antigas onde, perdendo, fui feliz a combater. Guerras onde por cada ferida aberta, havia uma lágrima ou um beijo para a secar. Agora, estou literalmente na merda. Luto sozinho, tenho de fazer curativos ás minhas próprias feridas. Gostava de quando tinha coligações e ligações com aliados para lhes sarar as feridas e eles a mim. Infelizmente, tenho momentos onde perco a percepção da realidade, acho que tudo posso ser vencido. Acabo a lutar contra exércitos de estupidez pura com a minha meia dúzia de forças. Devia ter aprendido lições com guerras anteriores, tais como a de não me misturar com a estupidez humana que alastra por aí­, porque sei que eles são em maior número. Mas não consigo evitar. Não consigo perceber os porquês desta merda de mundo onde, como diz a música, filhos da Puta sem razão e sem sentido existem até mais não. Acho que nisso cumpro a lei que no fundo mais rege esta guerra: Vencer ou morrer tentando. Sei que no final das contas, saio eu sozinho e retirado. Mas é isso mesmo que quero. Não quero ser acusado de falta de luta, isso nunca. Nunca por nunca quero ser visto na situação 'já que não os podes vencer, junta-te a eles'. Não me quero juntar a eles. Quero conquistar novas terras, novos lugares, novos corações para este lado da luta. Não sei porque rio, sei porque choro. Infelizmente rio mais do que choro. Call it 'self-defense' if you want. Sei que luto, mesmo quando todo o meu mundo acha que estou bem e a rir. Não estou bem, porque não me conformo, não me junto, não sou 'mais um'. Não querendo ser herói, sou o 'um' que me intressa para esta luta. Sou um 'um' que luta, que vai lutar até ao fim dos seus dias. Não sou herói, nunca. Apenas tento não me deixar atolar na merda que me circunda. Mais vale sofrer feridas do que colher estupidez. Sei que poucos, muito poucos, serão os novos 'territórios' que irei conquistar com esta minha postura. Sei que era muito, mas mesmo muito mais fácil ser mais 'um' perdido na multidão. Sei que aí teria sucesso. Exactamente aí­, no meio da multidão. Mas não estou disposto a pagar o preço de lá ir parar. Possivelmente, ainda nem conquistei mais do que uns pedaços de 'terreno'. Sei que o sucesso, o bom-trato, o sucesso que não conta para a Alma mas conta para o bolso, o fácil vedetismo, a negação do sofrimento estão mesmo ali ao lado. Basta querer para lá chegar. Basta assinar uma declaração de rendição. Basta parar de lutar. Basta. Basta. Basta. Não basta nada. Eu não quero dizer 'Basta'. Quero continuar a lutar, tenho de o fazer. Lutar para sobreviver. Lutar para respirar. Lutar para não ver a estupidez humana. Lutar. Lutar. Lutar sem parar. Nem que seja, e vai ser certamente, a última coisa que faça. No último suspiro vou poder dizer, daqui a (espero) muitos anos: eu lutei. Aí­ não preciso de honras 'militares'. Preciso apenas do epistulado 'João - O que lutou'. Desculpem este post, muito fora da 'caixa'. Passem à frente. Foi um pouco de exorcismo de um guerreiro. O Guerreiro vai dormir. São 5 da manhã.

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