Kurt:
Kurt Cobain foi aquilo que poucos conseguem ser. Conseguiu com apenas um acto mudar o mundo da música. Foi quando cantou Smells Like Teen Spirit que mudou para sempre o futuro da música Rock. Assim como o mundo da música Pop mudou radicalmente aquando dos Beatles, o mundo do Grunge – ou, até, porque não? do Rock – mudou depois do surgimento desta banda de Seattle. Uma voz arrogante, bela, sôfrega, a voz da dor, misturados com um bom acompanhamento de Dave Grohl ou Krist Novoselic, mas sobretudo uma grande escolha de melodias e uma magnífica qualidade ao nível das letras das canções, cativando toda uma geração adolescente, deu aos Nirvana um lugar de destaque e eterno na galeria dos grandes da música. O fenómeno do Grunge pôs uma pequena cidade americana no mapa. Seattle não passava de uma cidadezita antes da explosão de bandas como os Nirvana, Pearl Jam ou os Alice in Chains. Hoje é o grande palco americano de diferentes culturas e é até, a um nível mais político, palco das maiores manifestações Anti-Globalização do Mundo. Tudo isto Kurt e os Nirvana mudaram. Compuseram hinos de uma geração. Já tenho lido, com a maior das preocupações, miúdos de 14/15/16 anos a já não terem os Nirvana como referencia. Os hinos deles são cantados por bandos que sempre desaparecerão e não deixarão história, como os Linkin Park ou os Limp Bizkit. Porque essas são bandas de momento, não de geração. Há 10 anos, Kurt decidiu deixar-nos. Ele era um génio. E, por consequência, um louco. Pôs termo à sua vida. A sua obra continua.
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