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domingo, abril 25, 2004

Liberdade:

Sendo eu "filho" das duas facções em conforto no 25 de Abril, devido ao facto de o meu avô materno ter sido director da PIDE e do meu pai ter sido fundador da UGT e do PS, não tenho qualquer espécie de problemas em dizer o que penso sobre esta data que a Pátria celebra hoje. Foi o dia que queria viver. Entre tantos acontecimentos que não vivi do século passado, este era aquele que, se pudesse escolher, queria viver. Queria ver Salgueiro Maia, a quem muito devo, como todos os Portugueses. No fundo, é pela sua acção - muito indirectamente, é certo - que existe este blog. Liberdade. Conceito dúbio. A mais díficil gestão humana. Se em termos de socidade é "fácil" definir qual é a tradução prática desse conceito, em termos de relações humanas isso já não é tão linear. Mas não é isso que estamos a tratar hoje. Hoje, ainda hoje, passados 30 anos do 25 de Abril, falta cumprir-se Portugal. Falta cumprir a ideia de Portugalidade. Nunca mais seremos o Império que fomos. E ainda bem, pois a liberdade dos PALOP também foi uma conquista de Abril. O conceito de Abril já foi muito detrupado. Quer à esquerda, quer à direita. Hoje, o Vinte e Cinco de Abril não é mais do que uma "festa privada" de poucas centenas. Fechou-se ao Povo, o seu principal obreiro. Não é com sessões solenes no Hemíciclo da Assembleia da República que se comemora Abril. Abril, o conceito de Abril, comemora-se fazendo cumprir Portugal todos os dias. Ao contrário do que as conotações do PREC fizeram transparecer para a história, Abril não é da esquerda. Nem da direita. Muito menos do centro. Abril é dos Portugueses, desses soldados feitos heróis que tomaram Lisboa pela madrugada e que ao final da tarde viam capitular quase meio século de autocracia. Não é uma questão do "R". Abril tanto é Revolução, como Evolução. Foram os Portugueses, e não os iluminados auto-intitulados Senadores da Pátria, que venceram Abril. Que venceram as derivas Soviéticas do PREC. Que mudaram. Que desenvolveram Portugal. Hoje, a nossa Pátria ainda tem muito da autocracia de Salazar e Caetano. O exemplo mais comum se de dar é que o Estado Novo teve o "Ballet Rose" e nós temos a "Casa Pia". É verdade, mas não é só isso. Falta seguir em frente, falta deixar (e isto acho das coisas mais importantes para Portugal se desenvolver) de tratar a pessoa X ou Y melhor só pelo seu cartão têm lá "Dr." ou "Eng." antes do nome. É um sinal da mesquinhez subalterna de Portugal. A pessoa A não é, em rigorsamente nada, melhor que a pessoa B só porque a pessoa A é o "Dr.A" e a pessoa B não tem um curso superior. Já não é a primeira nem a segunda vez que oiço coisas como "Tu sabes o quanto respeito tenho a mais do que teria só porque sou o Dr. (pôr nome da pessoa)?". Isso é demasiado mau para ser verdade. Isso têm de acabar, para que também se cumpra Abril na cabeça dos Portugueses. Ou então que ponham nos B.I das pessoas, quando elas se formam, no campo do nome "Doutor" antes do nome próprio. Abril é romântico. Abril é Portugal. Obrigado, Salgueiro Maia!

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