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quinta-feira, novembro 25, 2004

Lá para os lados do Uganda, este vos escreve:

Uma maldita gripe reteve-me esta manhã em casa, e ainda não acredito no que acabei de presenciar. O autêntico circo instalado na Rua Nova do Almada é algo que nem no Uganda seria permitido. Que a Sociedade Independente de Comunicação, S.A. (vulgo SIC) e a Televisão Independente, S.A. (vulgo TVI) façam da sua emissão uma palhaçada, é um problema que só aos seus donos (Impresa e Media Capital) diz respeito. Mas que dinheiros públicos sejam usados para financiar uma perturbação da Ordem Pública, é algo que não compreendo. Que faziam, num país civilizado, os principais canais de Rádio e Televisão públicos à porta de um tribunal, contribuindo activamente para uma alteração da Ordem, para uma humilhação de cidadãos que por mais ignóbeis sejam merecem respeito como pessoas humanas, para o alimentar de um circo mediático que se deve evitar a todo o custo - em qualquer processo, mas em especial num de abusos sexuais de menores - e, para, em última análise violarem metade ou mais das regras do seu contrato de concessão de serviço público de televisão, o documento que permite subsidiar uma empresa como a Radio e Televisão de Portugal (vulgo RTP) e permitirem-se, por exemplo a entrevistar uma das vítimas, em directo, à porta do Tribunal. Sem querer aqui dissertar sobre convicções sobre a inocência ou não do Arguido X ou Y, a frase do dia vai para o cidadão Carlos Cruz, que apertado contra uma parede por uma horda de jornalistas em fúria disparou, "Você está a fazer um relato de futebol, ou quê?". A Justiça existe, não só para aplicar a Lei, mas também como um regulador da Ordem Pública e se não existe essa Ordem, por motivos ligados à sua própria execução, ela não se pode dar por satisfeita na totalidade. Os acontecimentos desta manhã, ligados aos da noite passada em que, em directo de Belém o jornalista da SIC, José Manuel Mestre relatava ao País que dois secretários de Estado não tomaram posse ontem dos seus cargos porque desconheciam da realização do Acto de Posse naquele momento, faz-me ter vontade (tendo 1% da qualidade literária, confesso) de re-editar umas "Farpas", versão 2004...

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