Super Size Me:
Acabei de ver este filme sobre a junk-food do McDonald's e associados. O filme está para a fast-food como o "Fahrenheit 9/11" está para a Administração Bush, ou seja, é um filme propagandístico, com muito excesso nas suas críticas e tem de ser visto como um panfleto contra determinada situação. Ganha a M.Moore por ser obviamente mais divertido e cinematograficamente mais bem conseguido, na minha opinião. Quem me conhece pessoalmente sabe que sou obeso, tenho problemas de peso, mas até nem gosto muito de ir a estes sítios de junk-food, porque gosto muito mais de uma boa feijoada à transmontana regada com um bom vinho alentejano do que beber meio litro de coca cola, 200 gramas de batatas fritas e um hamburger. Mas sei que a slow-food em excesso também faz mal. Mas mais do que alertar (e bem) para os problemas com a alimentação do mundo ocidental, "Super Size Me" consegue dar (até mais do que o próprio "Fahrenheit 9/11") uma noção da sociedade americana, onde nenhum miúdo da primeira classe conseguiu reconhecer a imagem de Jesus Cristo - sendo que um deles arriscou que seria G.W.Bush, mas todos sabiam de trás para a frente a história de Ronald McDonald. E três mulheres adultas sabiam a composição do Big Mac, mas não sabiam o juramento de bandeira (nos EUA, ao contrário de Portugal, este é um ensinamento básico, assim como a letra do hino, que toda a gente sabe, mas poucos conseguem decifrar o que significa). Em suma, filme a ver, nem que seja para perceber um pouco da sociedade líder do nosso mundo.
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