Portugal a Caminho de Eleições - VIII:
O papel fundamental do Bloco
Ajudado pelo magnífico trabalho do Margens de Erro e o seu "poll of polls", e tendo a sondagem mais recente da Eurosondagem para a RR/SIC/Expresso como pano de fundo, cada vez mais se verifica que a maioria absoluta do PS já não depende do centro político mas sim dos votos à sua esquerda. De facto, ao centro o PS já não pode crescer mais (não é crível que o PSD valha menos de 30% e se valer a culpa será do eleitorado à direita, que dará votação a Portas) e neste momento o que separa o PS de uma maioria absoluta é a capacidade ou não de ganhar os votos daqueles que vêem Sócrates como um "Guterres II", sem verdadeiras ideias de esquerda. Com o PCP/PEV a estagnar (Jerónimo de Sousa não é um galvanizador de novos eleitorados) verifica-se, nas várias sondagens que as descidas recentes do PS verificam-se à custa de uma subida do BE. Ou seja, ou há maioria PS ou há "acordo de incidência parlamentar" PS/BE. Nada mau para um grupelho de partidos de extrema-esquerda, que das 10 medidas que considera prioritárias para o país, 3 iriam atirar Portugal para fora do quadro da UE, uma vai contra a vontade popular e das outras 6, o PS já tomou para si metade delas. Neste cenário, do mal o menos, e que venha então a maioria PS. Até porque penso que ela não irá durar os quatro anos, para mal do nosso país.
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