Balanço da Campanha I:
Não me irão ver, naturalmente, contra a decisão do Povo. Não concordo com ela, mas - até pelos números brutos de votos - respeito-a na íntrega. Não creio que esta tenha sido uma grande vitória do PS, por mérito próprio. Esta vitória e, designadamente, esta maioria absoluta, aconteceram porque o governo que era sufragado foi, basicamente, um mau Governo. Sem entrar no "O-Santana-esse-mau-que-só-fez-mal-ao-povo", este governo (que teve a imprensa mais hostil desde do final do Cavaquismo) foi um mau governo. Entre aquelas mentes iluminadas de Rui Gomes da Silva e companhia limitada, ninguém avisou Santana que mais do que os ataques de Marcelo, ou mais que as trapalhadas protocolares estava uma coisa em cima das preocupações: Falar aos desempregados. O Expresso lembrou bem na sexta-feira que os governos são reeleitos quando criam mais emprego e são afastados quando o desemprego cresce. É óbvio que eu podia estar a escrever com outra moral, se tivesse votado em branco, mas não votei. Votei PSD porque, no meu pequeno contributo, era o melhor dos votos que eu tinha para impedir a maioria do PS. Porque eu não queria reeleger Santana, disse-o e pensei-o quando mudei o meu sentido de voto. São muitos preocupantes algumas propostas do PS. Veremos. A partir de hoje, este tem de deixar de ser o governo do PS para passar a ser o Governo do País. Que seja bem sucedido. Que me dê razões para eu votar numa reeleição. Era muito bom sinal.
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