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sábado, abril 30, 2005

Hitler:



Passam hoje 60 anos sobre o suicídio em Berlim do maior assassino de massas da História do Século XX europeu. Como foi possível o Nacional-socialismo triunfar na Alemanha por via democrática? Como foi possível que em 1933 o povo alemão tenha sancionado com o seu voto, em eleições plenamente democráticas – para os limites da altura, a política de Hitler? O que tinha Hitler para convencer tanta e tanta gente? O que levou Nevile Chamberlain (primeiro-ministro inglês aquando do período pré II Guerra Mundial) a dizer, após uma reunião com o ditador alemão, “A Alemanha de Hitler não é uma ameaça para a paz na Europa”? Será mesmo que todos temos um Hitler dentro de nós, e só podemos esperar que a nossa natureza humana o iniba, com os conceitos de Bem e de Mal a fazerem esse trabalho? Ou será que Hitler (que eu considero que terá sido um homem extraordinariamente inteligente) foi, até nisso, uma pessoa extraordinária (ou seja, fora do comum)? Como é possível ainda resistirem tantas dúvidas ao fim de seis décadas sobre esta personagem? Mas a pergunta fundamental para os dias de hoje é, sem dúvida, a clássica “Seria possível um Hitler ser eleito em 2005?”. Eu considero que não. E esse é, sem dúvida, o maior legado da globalização do “american way of life” pelo Mundo Ocidental. Numa sociedade de informação como a nossa, jamais será possível cortar com tudo o que não seja propaganda de um só líder/partido a um povo. A informação torna-se assim na maior das armas pela liberdade. E por muito que custe a certos intelectuais de esquerda (não só portugueses, obviamente) esse é um legado única e exclusivamente da responsabilidade dos Estados Unidos da América. Quanto mais informação circular, mais democrática será a intenção e vontade do Povo. É aos Estados Unidos da América, e não à União Soviética, que devemos a nossa liberdade. É uma dívida de gratidão que nunca pagaremos. Se o sistema capitalista tem falhas? Certamente. Se os Estados Unidos da América são um poço de virtude sem falhas? Não. Mas o que seria melhor? Falarmos todos Alemão/Russo e fazermos saudações ao Fuehrer/Grande Pai na rua? Ou estarmos a ler este post em plena liberdade? É por isso, que tanto os que defendem regimes de extrema-esquerda como de extrema-direita, não sabem aproveitar o que têm que é só isto: O maior período de Liberdade para o povo da História da Humanidade.

PS: Depois de nos últimos dias ter visto Bruno Ganz e Alec Guiness no papel de Hitler, reafirmei que o melhor Hitler que vi até hoje foi...John Clesse. Ou Hilter, se acharem mais correcto.

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