Jorge Perestrelo:
Morreu o jornalista Jorge Perestrelo, esta noite, em Lisboa, aos 57 anos, vítima de paragem cardíaca. O mais mítico dos relatores desportivos portugueses deixou-nos esta noite, 24 horas após ter celebrado, no seu jeito muito próprio o golo que qualificou o Sporting para a final da Taça UEFA e que pode ser encontrado aqui. Apesar de ultimamente ouvir mais a Antena 1 nos relatos desportivos, pelos comentários do José Nunes, sempre mudava para a TSF quando Perestrelo estava no ar. Não raras vezes ouvi: "Este homem é um espectáculo dentro do próprio espectáculo". Era, realmente, a melhor descrição que podiam fazer do angolano. Ainda hoje me lembrei de uma frase que ele dizia muito ultimamente: "Eu sou de todo o mundo e todo o mundo é meu também". O seu ripa-na-rapaquepa é, muito provavelmente, a expressão mais conhecida da rádio dos dias de hoje. Toda a gente tem no computador ou se lembra do relato que ele fez dos penalties do Portugal-Inglaterra no verão passado. Toda a gente conhece a maioria das expressões que faziam do relato dele único. Perestrelo, nos relatos desportivos, era um pouco o que Pedro Ribeiro era, para mim, na rádio não-desportiva. Um motivo pessoal para ouvir uma emissão. Por isso, no próximo jogo, vamos todos sentir a falta de Jorge. Da sua rádio.
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