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sexta-feira, julho 15, 2005

Notas do dia:

- Uma greve geral da função pública numa sexta-feira do mês de Julho não têm credibilidade. A única maneira que os sindicatos e os funcionários públicos tinham para mostrar força com esta greve é estarem todos à porta dos seus empregos, no seu horário, mas sem trabalharem. Assim, os 9.3 milhões de portugueses que não são funcionários públicos vão pensar, e muito bem, que foi criado um fim de semana prolongado para a praia. Isto só prejudica (ainda mais) a imagem do funcionalismo público em Portugal...

- Grande livro que eu acabei de ler. Se se interessam por ciência, e pela figura de Albert Einstein, comprem esta biografia (disponível em português, pelas edições ASA, numa qualquer boa livraria) o mais depressa possível. Não é um trabalho científico, porque consegue um equilíbrio muito grande entre a vida e a carreira do cientista que inventou a fórumla E=mc^2, para além de a história estar bem contada e ler-se de uma "penada". Agora vou pegar no "O Amor é Fodido", daquele que eu considero ser um dos pequenos génios da escrita português, Miguel Esteves Cardoso.

- Este artigo sobre o projecto que mais me entusiama na Internet hoje em dia, a Wikipedia, é a prova que o jornalismo de massas também consegue fazer muito bom trabalho a lidar com as questões tecnológicas. Se gostam do projecto, leiam-no e fiquem a perceber como é que uma pequena ideia, com um pequeno algoritmo (são 5 linhas de código, o artigo explica), se transforma na maior enciclopédia mundial e, o que também é muito importante, de borla. Isto pode ser o protótipo do futuro da chamada "Sociedade de Informação". Pelo menos é bem mais resistente e sólido, em termos de conceito, que a maioria dos projectos do final da década passada e do príncipio desta que se apresentaram como "El Dorado" das novas tecnologias...

- Maria de Vasconcelos vai lançar um disco. Das músicas que passaram na apresentação no pugama deste senhor aguardo por ouvir melhor a versão de Maria de Vasconcelos de "No teu poema", originalmente cantado por Carlos do Carmo e escrito por José Luís Tinoco e que reza assim:

No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida

No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E aberta uma varanda para o mundo

Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da Senhora d'Agonia e o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria

Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta
De quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte

No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem fala

No teu poema
Existe um cantochão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano

Existe um rio
O canto em vozes juntas, vezes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas

Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta
De quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte

No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do mundo
Existe tudo mais que ainda me escapa
É um verso em branco à espera
Do futuro

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