Diz que é do calor.
Eis uma semana interiormente estranha que culmina num fim-de-semana igualmente estranho e melancólico. Estou numa fase em que não sei (e confesso que tenho algum receio de o saber - ou será outra coisa?) o que a próxima semana, mês e trimestre me reservam. Até aqui, a minha vida era relativamente segura e estável: Tinha que estudar, estudar e estudar e a coisa não passava muito disso. Agora que o 3º ano se presta a terminar, eis que o paradigma muda - tenho de entrar num mercado de trabalho que para mim fala chinês e o estudar ficará equiparado a alguma actividade remunerada que me permita sustentar as três cadeiras que ficaram por fazer para acabar o 1º ciclo e que me ajude a poupar um pouco para sustentar o ritmo com que farei o 2º ciclo de "Bolonha", que será mais ou menos elevado dependente disso mesmo.
Estava, se quiserem, confortavelmente sentado na cadeira da sala de aula com uma distância muito grande ao que se passava "lá fora" e isso, para mim, era uma protecção dos diabos que eu tinha, sem o saber. Acabou-se me a "juventude" e o período em que quando "fazia muito", não fazia era nada.
(O balanço é complexo e não é matéria para este post).
Não só profissionalmente como no resto, olho para todas as áreas em que vou preenchendo os dias e só encontro uma pergunta idêntica para cada uma delas: "E agora?". E se há algumas em que me apetece dizer "Venha o que vier, hei de conquistar o meu espaço e o que eu quero" (eu sei que isto é, se calhar, arrogante, mas é o que me tem mantido com motivação e como me tenho saído melhor), há outras em que a minha motivação é pura e simplesmente: "Só espero que não doa muito e que não seja tão mau como parece".
Tenho bem a noção que sou uma pessoa que se isola um pouco (ou muito) nestas alturas (e noutras), mas se houver por aí um(a) Professor(a) Karamba para me responder as estas questões que me ligue, mande mensagem, e-mail, pombo-correiro...mas diga qualquer coisa!
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