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sexta-feira, junho 22, 2007

O Filipe, pela Special Guest Star, o Zé.

Se eu não fosse como sou gostava de ser como o Filipe.

Não digo isto como qualquer espécie de favor ou troca por ele ser meu amigo, não digo isto como agradecimento a uma constante companhia…Digo isto porque sei que se não fosse quem sou, faria hoje anos.

Uma das coisa que sinto desde que me lembro é o facto de nunca me sentir bem com a idade que tenho, quando tinha 15 sentia-me com 12, agora que tenho 21 sinto-me um recém adulto de apenas 18 anos, isto é algo que nunca conseguirei explicar bem, simplesmente há em mim um dilema de idades. O Filipe faz hoje 25 anos, eu fiz há pouco mais de 10 dias 21. Há portanto entre mim e o Filipe outro dilema de idades.

Mas com este dilema de idades posso eu (e ele também) bem. Esperem deixem cá escrever isto outra vez para me aperceber do que acabei de relatar…O Filipe faz hoje 25 anos…Mesmo depois de o escrever 2 vezes há algo em mim que não acredita muito em tudo isto. Ele não pode ter 25 anos, porque se os tem não se parece nada com o meu irmão mais velho (que também tem 25 anos), ele tem muito mais a minha idade que o meu irmão. Ele é muito mais um jovem de 20 do que um adulto de um quarto de século

Deixem-me contar-vos uma história mais real do que qualquer outra.

Existe um amigo meu de cabelos para o claro, óculos competentes e estrutura íntegra que não se parece com a idade que tem. 25 anos é muito tempo de vida é certo, mas ter esta idade tão redonda e não parecer minimamente envelhecido isso sim é uma das características melhores numa pessoa. Perceberam? Se calhar não me expliquei bem…passo a explicar…A minha avó tem 82 anos eu tenho 21, consigo ter brincadeiras com ela que não consigo com pessoas da minha idade, consigo falar-lhe de quase tudo e no fim sei que tenho sempre em forma de oferta um daqueles conselhos experientes que vão melhorar a minha vida numa percentagem próxima dos 20 ou 30 por cento.

O Filipe tem nele qualquer coisa da minha avó, não sendo um grande conselheiro (por não se atrever a ter também ele certezas sobre a vida) emana uma calma pouco característica de uma pessoa da idade dele, mantém uma espécie de humor de menino de 16 anos e tem uma figura que pegando naquilo que duas amigas minhas disseram sobre ele faz lembrar um desenho animado.

É isso!! O Filipe é sem qualquer margem para dúvidas um desenho animado.

Mas um desenho animado, daqueles que misturam uma bela lição de vida com umas belas cacetadas e que provocam risos em quase abundantes convulsões, um desenho animado daqueles que misturam comédia com dramatismo em quantidades tão ideais que passam a ser CINEMA e não ANIMAÇÃO.

Eu percebo qualquer coisa de cinema, e sei muito bem quando um desenho animado é feito para crianças e quando é para adultos…

O Filipe é feito para adultos.

Acho que foi por isso que só conheci o Filipe após fazer 18 anos, a minha vida não estaria muito provavelmente preparada para ver uma espécie de animação tão crescida antes de ser de facto adulto e se eu tivesse tentado entrar na “sala” antes de fazer 18 anos teria aparecido um qualquer segurança “armário” de cinema a expulsar-me com bastante repúdio para que eu não visse antes de tempo este delicioso pedaço de animação.

Tinha que ser quando tivesse explicitamente 18 anos. Quando somos crianças vemos todos uma série de desenhos animados próprios para a nossa idade, aqueles desenhos animados que nos ensinam coisas sobre a nossa idade característica, isto é, aquela série de animação sobre o corpo humano por exemplo.

Vimo-la todos nós quando éramos crianças de 8 ou 9 anos, vimo-la antes de sentirmos transformações nos nossos corpos que pudessem deitar por terra toda a beleza de ver pela primeira vez o interior do corpo humano e de perceber todas as suas funções.

O Filipe é uma espécie de desenho animado que fala sobre a vida, ele é um desenho animado que qualquer adulto que se preze devia ver. Ele é uma mistura em doses perfeitas de tristeza e alegria, é uma daquelas fórmulas infalíveis que fazem qualquer um emocionar-se perante o mais simples e banal acontecimento ou rir com a mais simples (ou seca) piada. Digamos que consegue transformar a chamada tristeza na lágrima de comoção, e que consegue tirar de um sorriso aquela gargalhada mais funda que nos envergonhamos de mostrar a toda a gente.

O Filipe é uma animação para contar aos nossos filhos, e uma daquelas que um qualquer filho empertigado e espertalhão reclamará “Ó pai esse Filipe não existe de verdade pois não? Claro que não, não pode existir! Os desenhos animados não vivem”.

Meu caro filho, a primeira vez que me fizeres essa pergunta idiota e tão própria da idade eu responder-te-ei que não só os desenhos animados existem, como tens como padrinho um, e não sei se já te disse que o teu padrinho é um daqueles desenhos animados que eu não sou capaz de guardar na prateleira ao lado dos outros, porque preciso de o ver praticamente uma vez por dia, porque eu posso ser já adulto e não ser suposto gostar de desenhos animados, mas este já ninguém mo tira, entrei na faculdade, ganhei o direito de ver este pedaço de animação sempre que quiser e isso ninguém me vai tirar para o resto da minha vida.

Caraças que eu adoro desenhos animados.

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