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quinta-feira, junho 21, 2007

O Filipe.

O Filipe faz anos hoje e é outra das pessoas a quem tenho a honra de chamar de um dos meus melhores amigos.

Gostaria, na mesma medida que fiz quando o Zé fez anos, de "vos contar o Filipe". Gostaria, mais uma vez, que a realidade não fosse exactamente a realidade e que várias das verdades que vou dizer a seguir o fossem mesmo.

Começo pela mais evidente: o Filipe, da Grande Lisboa, não é português. E isto, vindo de mim, como quem me conhece bem sabe, é um elogio estupendo. O Filipe tem a honra de não ser português naquilo de mais "porteguzinho" tem o português médio. O Filipe entrega-se. O Filipe dedica-se. O Filipe não descansa enquanto X não está feito. O Filipe não deixa trabalho para os outros, se ele o puder fazer. O Filipe não intriga. O Filipe é honesto. O Filipe é amigo. O Filipe ri gargalhando (e isso é muito importante). O Filipe é generoso para os amigos. O Filipe é adulto (mesmo quando gargalha).

O Filipe é louro. O Filipe tem olhos claros.

Logo, o Filipe é a maior prova viva dos benefícios da genética norte-europeia.

Prálem do seu aspecto norte-europeu ele importa as qualidades melhores dos norte-europeu: não chora o fado português e mantêm um distanciamento protector da vida que só o torna mais saudável.

Arrisco que o Filipe cumprirá aquele adágio de que tudo o que quiser será dele. Vejo-o a ter um futuro brilhante, no qual Portugal será pequeno para ele, com perdas claras para o PIB e a massa cinzenta nacional.

Ele tirará o seu doutoramento, se assim o entender e será conhecido, pelo menos, com dos mais trabalhadores na sua área.

A expressão que encontro para a vida não profissional do Filipe é um espelho dele próprio: “Águas calmas”. Ele, calmamente, ao seu ritmo e à sua vontade, constituirá família, terá filhos, netos e o que mais houver para ter. Se continuar como tem estado, o Filipe só vai ter a ganhar: é, nessa medida, o maior vencedor natural (e nós conhecemos muitos vencedores artificiais) que conheço. Vence pelo mérito e pela raça – o que é não é comum com a quantidade de sol que temos.

O Filipe é uma espécie de porto marítimo que naturalmente só acolhe o que é bom. Ele faz essa triagem, não sei se de forma voluntária ou involuntária, mas isso dá-lhe um ar sereno e confiante que o faz ser brilhante como pessoa, mas sobretudo como amigo.

O Filipe, no seu norte-europeísmo genético, faz falta aos dois parvos que assinam estes textos, porque ele equilibra o nosso portuguesismo genético, tornando-nos melhores por osmose.

Sou, e acho que o Zé pode assinar por baixo o que vou dizer, melhor pessoa por conhecer, e sobretudo por ser amigo, o Filipe.

Para fechar este meu texto, quero-vos contar dois episódios:

Durante os primeiros meses de faculdade eu dizia na brincadeira quando ele me arranjava uns apontamentos dumas cadeiras ridículas que ele era “um dos 10 melhores alunos daquela faculdade”, numa alusão a uma rábula horrível do felizmente já extinto “Malucos do Riso”. Mais um caso onde tive razão antes de tempo: Ele não só é um dos 10 melhores, como disputa a liderança da melhor média consecutivas vezes.

Mas este eu acho delicioso. Mas confesso que só vendo e conhecendo o Filipe perceberão a piada: o Filipe fica uma pilha de nervos quando não consegue resolver o problema X. Treme as pernas, bufa, xinga, barafusta contra o mundo e os professores e mais o que houver para protestar. E eu adoro olhar para ele e ter este conhecimento que ele não têm: eu sei à partida que ele vai resolver X e ainda descobrir Y e Z e resolvê-los da mesma maneira limpa. Ele não sabe ou pelo menos não sabe naquele momento que sabe. E quando volto a olhar para ele, a perna já parou de tremer e tudo está calmo.

É assim o Filipe:

Um vencedor natural.

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