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terça-feira, julho 31, 2007

Prancha fonética (I):

Abro esta janela do blogger e não sei o quero escrever, o que quero guardar para mim, nem de que forma o quero fazer. O desafio que auto-proponho é mesmo esse: encher um quadro branco* com aguarelas que não conheço, que não sei que tenho, justamente com o intuito de as perceber. É-me muito fácil escrever no blogger, por isso é que blogo há tanto tempo. É uma escrita automática, de fácil acesso e fico protegido fisicamente do abuso pornográfico que é alguém ler o que escrevo - quando o fizeram eu não estarei ao vosso lado. A escrita a caneta, mais cuidada e cansativa perde para esta no tempo que demora e sobretudo porque é muito menos exibicionista (e não me venham com tretas: um blogger quer sofrer a tal violação de privacidade, porque gosta de ser lido e tem prazer com isso) e também em certa medida, menos real. Na construção a caneta, tudo o que fica impresso é uma síntese exacta daquilo que queremos e não queremos dizer, ao passo que num sistema mais automatizado como este, muitas vezes acabam por sair coisas que não queremos confessar nem a nós próprios e que só os outros percebem - somos infinitamente ingénuos quanto aos milhares de interpretações que tomam as palavras que aqui escrevemos.

E não duvidem: isto é um big brother da escrita. Vocês optaram por ver este canal e eu deixo-vos ler as minhas ideias do banho. É, apesar de tudo, um bom sistema. Vocês ficam contentes porque perderam 30 segundos das vossas vidas a ler aquela frase e eu também fico porque a partilhei com mais alguém que dificilmente poderá discutir-la comigo um dia mais tarde (confesso que uma das minhas maiores dificuldades é quando um dos meus Amigos me fala num post que escrevi - acabo sempre com a ideia que nunca deveria ter escrito aquilo - mas o paradoxo está em que também tenho prazer com isso).

Como dizia no post anterior, dava-me jeito uma espécie de "Génio Aladino" que me dissesse: "Ok, foram uns maus 23 anos, mas agora tens direito a um desejo, pá! Mas têm de ser algo concreto e realista e não podem ser nada de material". Eu sei que hipóteses tenho na cabeça para coisas que pediria - mas confesso não saber qual é "A" coisa - (mas não vou ser suficientemente louco para as revelar, nem para mim mesmo). Sim, venham de lá com a ideia de que "sem esforço nada vale a pena" que eu já vos atendo. Para essas pessoas só digo que nem 1% do esforço que tive na vida foi recompensado na Lei Geral do Universo (mas tenho a exacta noção que há casos muito piores, atenção! Sou egocêntrico, sim senhor, mas não tanto) e não estou a resmungar, porque acho que os outros 99% ainda vêm a caminho no Caminho.

E os ciclos. Será que vivemos todos num ciclo? Será que também para o dia-a-dia se aplica o postulado de Lavoisier? Então e isto que nos rodeia transforma-se em quê? E os pensamentos não accionados? Não se perdem? E o que escondemos de tudo e todos como verdades inconfessáveis: vão para onde? São reprimidas? Mas isso não acaba por contrariar o postulado referido?

O que eu sei é que gostei disto e sei bem que mais ninguém gostou e que nenhum de vocês se vai dar ao trabalho de ler a 2ª edição disto. Mas que ela vai acontecer, lá isso vai, nem que seja para saciar a minha necessidade de exibicionismo - que, reforço, todos (bloggers e não bloggers) temos, com a diferença que há quem admita.

* Ver a magnífica peça "Arte".

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