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segunda-feira, julho 28, 2008

"The brick walls are there for a reason. The brick walls are not there to keep us out; the brick walls are there to give us a chance to show how badly we want something."

Randy Pausch era um professor de informática na CMU, uma das mais importantes universidades do mundo. Foi-lhe diagnosticado um cancro terminal e deu uma última aula que correu mundo via Youtube. O seu exemplo de mensagem optimista e verdadeiramente cristã na maneira como lidou com a dificuldade foi, e é, uma inspiração para muitos. Esta última aula (uma tradição académica para os professores que se retiram) é magnífica e só a vendo se percebe o alcance dela (é muito alegre, não se assustem). Outro dia vi na FNAC o livro (A última aula, ed. Presença) que este professor fez em conjunto com um jornalista do WSJ, baseado nesta aula. Sem querer violar nenhum direito de autor, hoje, no caminho para casa, li isto:

13.

O homem do descapotável

Certa manhã, muito depois de me ter sido diagnosticado o cancro, recebi um e-mail de Robbee Kosak, a vice-presidente para o desenvolvimento da Carnegie Mellon. Ela contou-me uma história.
Disse que na véspera seguia no seu carro para casa e acabou por ficar atrás de um homem num descapotável. Estava uma noite agradável de início de Primavera e o homem tinha a capota e todas as janelas baixas. O braço estava dependurado sobre a porta do condutor e os dedos tamborilavam, acompanhando a música que tocava no rádio. A cabeça também balouçava, com o cabelo ao vento.
Robbee mudou de faixa e aproximou-se um pouco. De lado podia ver o homem que esboçava um sorriso, o tipo de expressão com que ficamos quando estamos sozinhos, felizes e perdidos nos nossos pensamentos. Robbee deu com ela a pensar: "Uau, isto é o paradigma de alguém a apreciar o dia e o momento."
O descapotável acabou por virar na esquina e foi então que Robbee pôde ver o rosto do homem. "Ó meu Deus", exclamou para si, "É o Randy Pausch!".
Ficou espantada por me ver. Sabia que o diagnóstico de cancro era terrível. Mesmo assim, segundo disse no e-mail, ficou comovida com o ar contente que eu tinha. Era óbvio que naquele momento privado estava bem-disposto. Robbee escreveu na sua mensagem: "Não fazes ideia de como o facto de te ter visto me alegrou o dia, recordando-me do que a vida deve ser."
Li o e-mail de Robbee várias vezes. Acabei por o considerar uma espécie de fim de ciclo.
Nem sempre tem sido fácil continuar positivo ao longo do meu tratamento. Quando sofremos um problema clínico grave, é difícil sabermos como verdadeiramente nos sentimos a nível emocional. Interrogara-me se parte de mim estaria a representar quando me encontrava com outras pessoas. Talvez ocasionalmente me forçasse a parecer forte e animado. Muitos doentes de cancro sentem-se obrigados a exibir uma máscara de coragem. Estaria eu a fazer o mesmo?
Mas Robbee vira-me num momento vulnerável. Gostaria de pensar que me viu tal como sou. É garantido que me viu como eu estava nessa noite.
A mensagem resumia-se a um parágrafo, mas significou muito para mim. Dera-me uma janela para o meu ser. Continuava empenhado. Ainda sabia que a vida era boa. Estava bem.


"We cannot change the cards we are dealt, just how we play the hand. If I don't seem as depressed or morose as I should be, I'm sorry to disappoint you."

Este livro é mesmo único.

Randy Pausch morreu na 6ª feira passada.

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